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Saúde
Quinta - 28 de Janeiro de 2010 às 07:02
Por: Caroline Rodrigues

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Em uma semana, Mato Grosso registrou quase 2,5 mil novos casos de dengue, um crescimento de 86%. As notificações passaram de 2.814 casos para 5.243, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES). No total, são 362,35% a mais se comparado ao mesmo período de 2009, quando foram 1.134 notificações. A quantidade de diagnóstico na forma grave da doença cresceu 93%. No boletim passado, divulgado no dia 20 deste mês, eram 86 registros graves ou com complicação e no atual, as notificações passaram para 166.

Na Capital, também houve o acréscimo e a situação preocupa o poder público, que faz mutirões nos bairros com os maiores índices da doença, bem como Infestação por Larvas (LI). O bairro mais preocupante em Cuiabá é o Pedra 90, com 5,1% dos imóveis infestados por criadouros do mosquito. O mutirão ainda não foi realizado no bairro, devido ao tamanho. São aproximadamente 6 mil residências e os agentes precisam de reforços e também estratégia para fazer todas as casas.

O supervisor geral do Programa da Dengue em Cuiabá, Fábio Henrique Oliveira Silva, diz que o problema está em algumas quadras do bairro e como há trânsito intenso de pessoas, a contaminação é distribuída. "A pessoa passa a ter cuidado depois de ter um caso de dengue na família. Enquanto isto não acontece, deixam os criadouros no mesmo lugar".

O técnico afirma que um projeto de lei, que pretende multar as pessoas que tiverem criadouros em casa, está em estudo pela Prefeitura.

Já na zona rural, os agentes tiveram no distrito do Aguaçu, que é formado por pequenas propriedades. No local, o mutirão constatou que 5,8 % dos imóveis tinham larvas do mosquito. O índice aponta para uma possibilidade de epidemia, já que a quantia entre 0 e 1 é considerada satisfatória.

Quando o LI é de 1 a 3,9, a situação é de alerta. Acima do percentual, é risco de surto. Silva explica que ter muitos criadouros não significa ter muitos casos na área porque o mosquito precisa atingir alguém doente para fazer a contaminação. Então, é feito o cruzamento de informações onde entram os quesitos LI e notificações na comunidade.

No Aguaçu, o agentes visitaram 171 casas e fizeram o bloqueio químico em todas elas. Os servidores realizaram o trabalho informativo e o supervisor acredita que na próxima análise do LI, feita a cada 2 meses, o índice vai reduzir. Ele argumenta que nas áreas rurais, as pessoas são muito mais receptivas aos agentes de saúde.





Fonte: A Gazeta

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