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Saúde
Quinta - 21 de Janeiro de 2010 às 04:24
Por: Fernando Duarte

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Em janeiro de 2009 não houve nenhuma morte provocada pela doença em Mato Grosso
Em janeiro de 2009 não houve nenhuma morte provocada pela doença em Mato Grosso

Nove pessoas morreram de dengue nos 19 primeiros dias de 2010, em Mato Grosso. Em 2009, a primeira morte pela doença no Estado ocorreu em fevereiro, ano em que houve atraso no período de chuva. Ano passado também foi recorde com 52 mortes, 5 delas em investigação.

Para a superintendente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Conceição Villa, o aumento no número de morte se deve a fatores como a chegada de um novo tipo de vírus, falta de cuidado com o lixo e o período de chuva. Desde 2004, o vírus tipo "2" não aparecia no Estado, algo que só voltou a ocorrer ano passado. "O tipo 2 é o mais virulento, mais agressivo que os outros e pode favorecer a um agravamento do quadro de saúde".

Somado os casos de óbito nos anos de 2005 (4), 2006 (2), 2007 (8) e 2008 (3) dá 17 mortes, ou seja, 3 vezes menos que todo o ano de 2009. Apesar dessa estatística, Villa lembra que, este ano, há o menor índice de letalidade, com apenas 5%. Isso significa que a quantidade de mortes, em relação aos casos graves notificados, foi baixa. Por exemplo, em 2008 a letalidade foi mais alta, já que dos 7 casos graves diagnosticados ocorreram 3 mortes. Em 2010, já são 2.814 casos de dengue, sendo 86 notificados como graves.

Conceição lembrou que por causa da baixa eficácia (entre 20% e 30%), o fumacê não é indicado para ser usado nesse momento, ainda mais com esses dias chuvosos. Antes, ela afirma que ações de prevenção devem ser feitas, o que inclui situações simples (limpar os quintais, por exemplo) até o controle químico, com a aplicação de veneno pela bomba costal, que é direcionada e eficaz.

O Ministério da Saúde e a SES estão repassando R$ 1,2 milhão aos 26 municípios mato-grossenses que apresentam epidemia da dengue. Somente Cuiabá terá R$ 100 mil para o combate. Rondonópolis, Sinop e Várzea Grande terão, cada um, R$ 50 mil para as ações. Vão receber R$ 40 mil Alta Floresta, Barra do Garças, Cáceres e Sorriso. Já Araputanga, Aripuanã, Campo Novo do Parecis, Colíder, Jauru, Juína, Lucas do Rio Verde, Matupá, Mirassol D"Oeste, Paranatinga, Sapezal e São José dos Quatro Marcos recebem R$ 30 mil. Outros municípios que vão receber recursos (R$ 20 mil cada) são: Alto Garças, Indiavaí, Nova Brasilândia, Nova Ubiratã, Santa Carmem e Vale do São Domingos.

A Capital, até o momento, diagnosticou 411 casos de dengue, com 17 considerados graves e 1 óbito. Várzea Grande, outro com índice alarmante, tem notificado 207 casos, 18 considerados graves e 3 óbitos. O recurso está sendo disponibilizado pelo Fundo Estadual de Saúde.





Fonte: A Gazeta

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