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Educação/Vestibular
Terça - 01 de Dezembro de 2009 às 22:10

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As escolas estaduais de Mato Grosso realizam eleições de diretores e do Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar durante toda esta terça-feira (1°/12). Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares Ferreira, o momento é uma das grandes experiências da democracia no Estado. “Isso porque a comunidade escolar, por meio de professores, funcionários, alunos, pais ou responsáveis são chamados a escolher aqueles que vão dirigir a unidade por dois anos”.

A importância das eleições fica ainda mais evidente em função do processo participativo destes segmentos nas discussões das propostas de cada candidato. “Principalmente aquelas que focam as melhorias do Projeto Político, Pedagógico e Administrativo da escola”, frisou. Por tudo isso, as escolas públicas estaduais de Mato Grosso dão uma grande lição de democracia ao país. “O que reforça a necessidade de estarmos atentos e não permitirmos que formas mesquinhas de fazer política adentrem às nossas escolas”, ponderou.

O sindicalista lembrou que a gestão democrática é uma das grandes conquistas dos trabalhadores da educação de Mato Grosso. “Embora encontre resistências, principalmente em setores conservadores dos governos em todo o país, a gestão é uma marca importante na educação pública”. Segundo Gilmar Soares, pesquisas apontam que há uma substancial melhora nos índices de aprendizagem onde ocorre a gestão democrática. “A comunidade participa mais da vida da escola, os alunos se envolvem melhor na relação ensino-aprendizagem e até o patrimônio da escola é melhor preservado”.

O presidente do Sintep/MT ressaltou que a entidade é protagonista nessa história. “Acreditamos que o processo democrático escolar representa o testemunho da escola de que a liberdade, a autonomia, a democracia são componentes importantes que possibilitam a todos a experiência do respeito ao outro e ao conhecimento”.

Histórico – A escolha do dirigente escolar se tornou uma tradição desde a década de 80, com o Governo Carlos Bezerra e a atual senadora Serys Slhessarenko à frente da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Mas a experiência foi interrompida durante a gestão do governador Jaime Campos. “A prática foi retomada pelo Governo Dante de Oliveira e definitivamente regulamentada pela Lei 7.040, de 1.º de outubro de 1998, quando, após uma greve de mais de 30 dias, a categoria garantiu a aprovação da Lei de Gestão Democrática juntamente com as leis do Sistema Estadual de Ensino (LC 49/98) e a Lei Orgânica dos Profissionais da Educação Básica (Lopeb), LC 50/98”, recordou.





Fonte: Pau e Prosa Comunicação

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