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Saúde
Quarta - 25 de Novembro de 2009 às 05:52
Por: Caroline Rodrigues

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Cáceres (225 km a oeste de Cuiabá) está entre os 10 municípios do Brasil com risco de surto da dengue. O Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (Liraa) deste ano aponta que 4,7% dos imóveis da cidade possuem larvas do mosquito vetor da doença. O número está acima do considerado ideal pelo Ministério da Saúde que é inferior a 1%.

A doença já causou a morte de 2 pessoas em Cáceres. Uma das vítimas estava grávida de 9 meses e a criança não sobreviveu.

A coordenadora de Vigilância e Saúde do município, Arlene Alcântara, diz que o abrigo dos ovos do mosquito está no fundo das casas. Os moradores jogam garrafas de refrigerante e sacolas que acumulam água e ajudam na proliferação. Desde o começo do mês, uma operação, realizada em parceria com o Exército e Corpo de Bombeiros, está retirando o material. Os profissionais coletam em média 9 toneladas de resíduos por dia. Ao todo foram retirados 225 toneladas de lixo até ontem.

Conforme dados da Prefeitura, foram 2.082 casos de dengue clássica e 47 de dengue hemorrágica ou com complicação registrados em 2009. Os pacientes graves são encaminhados para o Hospital Regional e para o Hospital São Luís, que é conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Mais dados - Os números apresentados pela União mostram também que as cidades de Várzea Grande e Rondonópolis estão em estado de alerta. A primeira tem índice de 3,8 e a segunda 2,5.

Caso os números sejam comparados com o ano anterior, Rondonópolis teve acréscimo de 100%. Em 2008, o índice era 1,1.

Em Várzea Grande, o Liraa chegou a registrar 6,1 no ano passado e este ano caiu pela metade. Mesmo assim, não atingiu valor considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde.

A infestação da doença chega a 96,4% dos municípios de Mato Grosso, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que foram apresentados na visita no ministro da Saúde, José Gomes Temporão, no dia 17 de novembro.

Dos 141 municípios, cerca de 75% estão em estado de alerta. O número de registros aumentou 237,97% em relação ao mesmo período do ano passado.

Outro lado - Arlene Alcântara afirma que o trabalho de limpeza dos terrenos e conscientização da população está sendo realizado em Cáceres. Ela relata que os números foram encaminhados para o Ministério no começo de outubro e já teve alterações.





Fonte: A Gazeta

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