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Educação/Vestibular
Segunda - 17 de Agosto de 2009 às 11:52
Por: Lisânia Ghisi

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O Sintep, que representa os profissionais da educação, maior categoria de servidores públicos do Estado, se mostra indignado com o maior concurso público, anunciado pelo governador Blairo Maggi (PR) com abertura de 10 mil vagas para todas as áreas. O presidente do sindicato Gilmar Ferreira disse nesta segunda (17), em entrevista ao RDNews, que as 3 mil vagas destinadas à educação não são suficientes para suprir, sequer, os contratos temporários. "Seriam necessárias, no mínimo, cerca de 5 mil vagas para atender todo o Estado", reclama o sindicalista, que se reelegeu em junho deste ano para mais três anos à frente do Sintep, que congrega mais de 15 mil servidores.

Gilmar anunciou, inclusive, uma paralização estadual para 16 de setembro. O Sintep já colocou na pauta de reivindicação a luta por mais investimentos no setor e cobrança de fatia do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) para a educação. Desde 2004, o governo retém o IRRF. Segundo o sindicalista, Mato Grosso é o único Estado que não aplica parcela do IRRF na educação. Ele calcula que nestes cinco anos, o Palácio Paiaguás já tenha "desviado" da Educação cerca de R$ 260 milhões.

Sobre o déficit de professores na rede pública estadual, Gilmar Ferreira afirma que a situação pode piorar nos próximos cinco anos, já que grande parte dos profissionais devem se aposentar. "A maioria dos professores da educação infantil, por exemplo, vão deixar a sala de aula nos próximos anos".

Perguntado sobre como avalia o governo Blairo Maggi, que está no sétimo e penúltimo ano de mandato, o presidente do Sintep considera que, durante os primeiros anos da gestão do republicano, um dos maiores problemas enfrentados pela categoria foi quanto ao piso salarial. Acontece que, devido a ajustes e diferenciações entre salários de funcionários da educação e professores, houve uma redução de 12% na folha de pagamento. "No primeiro mandato (2003/2006) do governo Maggi, a classe de professores estaduais foi muito prejudicada", comenta Gilmar Ferreira, filiado ao PT e integrante da corrente governista Unidade na Luta, capitaneada pelo deputado federal Carlos Abicalil e pelo estadual licenciado Ságuas Moraes, que conduz a pasta da Educação.

Na concepção de Gilmar, o segundo mandato de Maggi, a partir de janeiro de 2007, apresenta melhorias para a educação. Por coincidência, trata-se da fase em que o PT, que era oposição ao governo, passou a comandar a pasta. Mesmo assim, o sindicalista considera que "os avanços não atendem a contento os profissionais da educação". "Conseguimos reforma nas escolas, transporte e até mesmo aumento salarial, mas não vamos descansar enquanto não recuperarmos o IRRF".





Fonte: RD News

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