Sérgio Ricardo coloca o pé na estrada para vializar sua candidatura ao governo

Após ter ido para o enfrentamento democrático com o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit) Luiz Antonio Pagot, em relação à corrida interna no PR pela candidatura do partido ao governo do Estado, em 2010, o deputado estadual Sérgio Ricardo decidiu colocar o pé na estrada na tentativa de viabilizar o projeto de disputar a sucessão de Blairo Maggi.

Para tanto, Sérgio Ricardo reativou, há cerca de 17 dias, o seu projeto "Gabinete Itinerante" e começou a "visitar" municípios do interior. O périplo do deputado republicano começou pela região sudoeste, que disputa com o Vale do Araguaia o título de patinho feio em Mato Grosso, por conta do que suas lideranças chamam de "abandono institucional" dos governantes de plantão.

De acordo com fontes próximas ao deputado, num intervalo de 15 dias, ele já visitou 22 municípios, com destaque para Cáceres, Porto Esperidião, Pontes e Lacerda, Vila Bela da Santíssima Trindade, São José dos Quatro Marcos, Araputanga, Indiavaí, Figueirópolis do Oeste e Jauru.

"O deputado decidiu começar sua pré- campanha pelo Sudoeste porque tem um embrião político na região, que fica em Figueirópolis do Oeste. Ele (Sérgio Ricardo) consegui eleger o prefeito Lair Mota, que era do PP e veio para o PR a convite dele e porque recebeu votos em todos os municípios", informou uma das fontes.

No próximo final de semana, a perigrinação da "pré-campanha" deve seguir para as regiões Sul, Leste e Vale do São Lourenço, que são áreas elevada densidade demográfica e com municípios com extensões territoriais abaixo da média mato-grossense, com destaques para visitas e reuniões de trabalho nos municípios de Rondonópolis, Primavera do Leste e Dom Aquino.

Instigado pela reportagem do Olhar Direto sobre essa sua "pré-campanha", o deputado Sérgio Ricardo tergiversou e fez questão de afirma perimptoriamente que "está cumprindo seu papel de parlamentar". "Retomei o Gabinente Itirenante, porque quero ouvir os anseios dos líderes de cada região e saber o que eles esperam do poder público a curto prazo e tentar ajudar", justifica.

"Vou de ônibus em cada região, porque quero conhecer os problemas de cada região de perto e buscar solução para cada um desses problemas agora ou no futuro", acrescenta Sérgio Ricardo, de certo modo, entrando em contradição sobre seus planos futuros.

Mesmo com a escapadela, Sérgio Ricardo sabe que pode só construir uma eventual candidatura se tiver respaldo popular. Nos bastidores do PR, as lideranças avaliam que o partido "tem que lançar candidatura própria" e o principal mecanismo para aferir quem a opção republicana para disputar a sucessão de Maggi seria a pesquisa. Portanto, as andanças de Sérgio Ricardo têm sim o objetivo de ampliar sua imagem no interior e, quiçá, ser a principal da opção republicana para o ainda indefinido quadro sucessório de 2010.