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Educação/Vestibular
Quinta - 07 de Agosto de 2008 às 07:50
Por: Simone Harnik

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A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) obteve a melhor nota no curso de medicina no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) nesta quarta-feira (6). E segundo o reitor da faculdade, Paulo Speller, mais alunos terão oportunidade de se formar na instituição. É que a graduação duplicou as vagas para o próximo vestibular: passou de 40 para 80.

O hospital universitário da federal também se tornou pequeno para a demanda da população. Por isso, um projeto de ampliação deverá aumentar o número de leitos de 120 para 250.

Para Speller, o sucesso na avaliação é resultado de um conjunto de medidas. “Nos últimos anos houve um investimento pesado na qualificação dos professores, recuperação dos laboratórios, melhoria do hospital, ampliação do acervo da biblioteca”, conta. “Ter um resultado como este não é milagre. Não vem somente da inspiração do aluno na hora da prova.”

Apesar de ser uma instituição jovem – a universidade tem apenas 37 anos – o bom desempenho no exame do MEC vem sendo registrado em diversos cursos. Enfermagem, nutrição e serviço social foram outros que obtiveram notas elevadas nesta edição do Enade.

A receita, segundo Speller, é não se focar na melhoria de uma única graduação. “Não priorizamos um curso. Houve um trabalho em toda a graduação. Também melhoramos as condições de transporte e de comunicação na universidade”.

Diferencial

Os estudantes de medicina da UFMT têm um diferencial em seu currículo. Além dos estágios nas disciplinas tradicionais do curso, eles fazem uma imersão nos problemas de saúde de áreas rurais do estado.

Já na recém inaugurada Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), cujo curso de medicina tirou a segunda melhor nota do país no Enade de 2007, a formação humana do aluno é um dos fatores que contou pontos no desempenho.

“Para promover uma formação mais completa, nós criamos um núcleo de humanidades, com professores da área de filosofia, sociologia, literatura, história, inglês, estilo, português”, conta a reitora Miriam da Costa Oliveira. Também é incentivado intercâmbio entre os cursos de saúde oferecidos na universidade. “Pensamos na formação do aluno como um todo, e não só na formação profissional.”

A infra-estrutura, segundo a reitora, é moderna: há sala de videoconferência utilizada freqüentemente para intercambio com universidades de Nova York, por exemplo; o prédio da biblioteca é agradável; há bons equipamentos e instalações. O hospital universitário conveniado à instituição, a Santa Casa de Porto Alegre, é pioneiro em transplantes de pulmão e tem um centro bem desenvolvido de transplantes de fígado.

Sopa de letrinhas

A principal luta da instituição é contra o desconhecimento. Até o ano passado, a UFCSPA era a Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre (FFFCMPA), cuja sigla era gentilmente apelidada de “sopa de letrinhas”.

Elevada à categoria de universidade, a sigla UFCSPA, de difícil pronúncia, ainda não se consagrou. Para Miriam, só o tempo vai resolver o problema. Mas o melhor mesmo, segundo ela, é ser reconhecida como “Universidade Federal da Saúde”.





Fonte: G1

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