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Saúde
Segunda - 07 de Julho de 2008 às 20:11

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Nos seis primeiros meses deste ano foram realizados em Mato Grosso 103 transplantes nas modalidades de rins, enxerto ósseo e o de córneas para os quais o Estado está habilitado. Somente nos transplantes de córneas, em 2007, foram realizados 153 cirurgias. Os dados são da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde.

Para os transplantes de rins, desde este ano, uma equipe do Laboratório de Histocompatibilidade foi credenciada. Em seis meses, foram realizados quatro transplantes do órgão. Os transplantes renais sendo, dois no primeiro semestre e dois no início do segundo semestre, foram doados por pacientes vivos e por pessoas falecidas.

Todos os transplantes foram realizados no hospital Geral Universitário, única unidade hospitalar credenciada para realizar os procedimentos em Mato Grosso. No ano de 2007 o Estado realizou 9 transplantes de rim, de doadores intervivos. De acordo com informações da coordenadora estadual da Central de Transplantes de Mato Grosso, Fátima Melo, novas equipes devem ser formadas no Estado. "A busca de uma nova equipe credenciada ajudará o Estado a diminuir a fila, bem como a capacidade de aumentar a doação", disse a coordenadora. Atualmente, Mato Grosso tem uma lista de 602 pessoas aguardando um transplante de rim.

Segundo informações da coordenadora de transplantes do Estado, neste ano foram realizadas103 transplantes de córnea, diminuindo para 190 o número de pacientes na fila de espera. Ela contou que, no ano de 2007, a Central de Transplantes de Mato Grosso passou a intensificar os trabalhos de divulgação da necessidade de doações de órgãos para transplantes, quando foram visitadas escolas públicas e particulares, Universidades, realização de panfletagens em ruas e praças, no intuito de sensibilizar a população para a doação de órgãos.

No implemento desta sensibilização para a necessidade da doação de órgãos a Central treinou pouco mais de 200 Agentes Ambientais do Centro de Zoonozes de Várzea Grande, para atuar como multiplicadores na sensibilização da doação usando informações, panfletos e cartazes. Um número igual de Agentes Comunitários das Secretarias Municipais de Saúde de Várzea Grande e Cuiabá passará pelo mesmo treinamento para efetuar o trabalho ainda este ano.

O outro fator que foi desmistificado e passado para a população em campanhas é sobre a morte encefálica e quando é decretada. As famílias ficam temerosas em doar os órgãos quando é atestada a morte encefálica e também quanto ao estado do cadáver, se ficará ou não deformado após a doação.

Sobre esse item, no atesto da morte, são cumpridos vários critérios, como: exames laboratoriais, atestado de morte encefálica aferido por um médico intensivista, após passar por um neurologista e, finalmente, por um exame de imagenologia para confirmar a inexistência de atividade cerebral. Confirmado o diagnóstico de morte o paciente então se transforma em um possível doador. Nesse estágio, a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIDOTT) aborda a família visando consubstanciar a doação", explicou Fátima Melo.

Após confirmada a morte cerebral o paciente vira um possível doador, uma vez que ainda é submetido a vários exames para determinar se a pessoa, enquanto viva, não era portadora de qualquer doença que impossibilite o uso do órgão para transplante. Afastada essa última possibilidade os dados são repassados ao Programa Nacional de Transplantes que define quem será o beneficiado pela doação do órgão, uma vez que obedece à lista única.





Fonte: TVCA

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