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Educação/Vestibular
Segunda - 02 de Junho de 2008 às 18:09
Por: Pedro Cardoso da Costa

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Como a polêmica sobre quem nasceu primeiro se o ovo ou se a galinha, não fica clara quando se fala de qualidade de ensino ou de educação. Muitas vezes definidas como sinônimos, quando são um pouco diferentes.

Quando se fala da qualidade do ensino quer se dizer que os estudantes devem assimilar determinados conceitos num patamar o conteúdo da matéria ensinada, geralmente assuntos curriculares das escolas oficiais do chamado ensino regular. Este está ruim e os inúmeros mecanismos de avaliação atestam.

Qualidade de educação, quando formal deveria levar em conta a parte objetiva, que seriam a qualidade do tal conteúdo curricular e os instrumentos disponíveis para a efetivação do ensino, como mapas, computadores, bibliotecas, laboratórios de pesquisas, aparelho de vídeo, excursões e outros. Mas poderia se discutir a questão subjetiva da educação de comportamento. Esta também anda ruim e ninguém sabe ao certo quem deve cuidar dela. A escola diz que cabe aos pais; estes atribuem à escola. Não raro se ouve o pai dizer que controla o filho em casa, mas na escola ele aprende "essas coisas"...

Num primeiro plano cabe aos pais ou outros responsáveis, pois estes fazem parte da vida antes da escola. Na fase escolar, compete a ambos. Ocorre que, por outros fatores sociais, pais não sabem e não estão educando seus filhos. As escolas não estão aparelhadas para educá-los devidamente. Um processo natural de educação tornou-se um enfrentamento. Há uma necessidade urgente de retomada do controle da garotada para fazerem o que é, e nos limites, permitidos da sociedade. Não fôssemos sociais, tudo seria permitido.

Os pais precisariam ensinar a escovar os dentes e levar a criança ao dentista regularmente. A escola poderia verificar se as crianças estão com pedaços de alface ou de pão nos dentes, e exigir escovação após o lanche.

Na família, a criança poderia ser educada a fazer caminhada; já a escola poderia ensinar como patrocinar as minimaratonas e outras modalidades de esporte.

Os pais poderiam educar os filhos ao dirigir corretamente e não colocar bebês no colo para dirigirem, num exibicionismo irresponsável. As escolas poderiam ensinar, por meio de vídeos, o resultado de uma direção imprudente e criminosa.

A família deveria educar-se à reciclagem; a escola deveria ensinar ao jovem como cobrar das autoridades espaços para armazenamento e caminhões para retirada do material.

São alguns exemplos entre a interação qualidade ensino-educação. Uma boa educação bucal traria benefícios à sociedade, mas principalmente ao indivíduo. A prática de esporte e uma direção responsável levariam menos enfartados aos hospitais e milhares de vidas seriam salvas.

E todos os familiares deveriam ter a educação necessária para saber que estudar seria a preliminar de um ensino de qualidade.

Pedro Cardoso da Costa – Interlagos/SP Bel. Direito





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