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Educação/Vestibular
Segunda - 26 de Novembro de 2007 às 13:53
Por: Daniel Dino

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Duas diretrizes foram confirmadas no ‘Seminário de Educação Superior – Por uma Política de Estado’ que acontece em Cuiabá e continua até esta terça-feira (27.11). Ampliar o número de vagas nas universidades do Estado, principalmente no interior de Mato Grosso, e incentivar a qualificação dos professores, por meio de bolsas e parcerias para especializações, mestrados e doutorados. O evento serve para criar um modelo de gestão no segmento e debater soluções para uma educação maior e com mais qualidade.

Durante a solenidade de abertura que aconteceu nesta segunda-feira (26.11), os cerca de 200 participantes do seminário receberam o relatório da educação superior no Estado, realizado pela Secretaria de Estado e Ciência e Tecnologia (Secitec). O vice-governador Silval Barbosa, que representou o governador na solenidade, explicou que o Governo está avaliando os indicadores coletados durante a pesquisa e apresentados oficialmente durante o seminário. “Aqui serão apontadas soluções vamos apoiar e desenvolver como políticas públicas. Estamos incrementando recursos para ciência e tecnologia, mas só se pode fazer investimentos seguros na educação superior se houver um caminho, e este fórum é ideal para traçar este percurso”.

Silval salientou que a ampliação na oferta de vagas no ensino superior deve seguir critérios básicos, sempre com o foco na qualidade. Cada região do Estado possui características distintas que devem ser respeitadas, observa o vice-governador, e somente criando profissões que atendam as necessidades específicas da cidade onde a universidade será implantada, ou o curso aberto, é que pode-se ter um desenvolvimento pleno, tanto na educação como na economia. Regiões como Sinop solicitam cursos mais técnicos, como nível superior em condução e manutenção de tratores, já na região do Araguaia, a solicitação, também apontada pela pesquisa, é de cursos envolvendo a conservação ambiental.

“Estas medidas que estão sendo apresentadas e debatidas representam um fortalecimento de todo o setor de educação superior”, comenta o secretário de Ciência e Tecnologia, Chico Daltro. A troca de informações entre os professores e representantes das universidades durante o seminário deve estar sempre aliada a busca de novas tecnologias e atualizações no ensinar, observou o secretário. Para ele, esta atualização deve ser continuada adiantando que as parcerias com universidades internacionais devem ser ampliadas no próximo ano.

Sobre o acesso à universidade, a superintendente de Educação Superior da Secitec, Inês Maria da Costa Marques, cita que além de novas vagas e cursos, é preciso que o aluno consiga se manter no curso. Para isso, ela aponta dois caminhos que já estão sendo trabalhados pelo Governo, o crescimento da rede pública e a confirmação do Prómat, um programa que destinará bolsas de estudo na rede particular de ensino.

PANORAMA – A palestra de abertura do seminário, ‘Educação Superior – Políticas públicas e Inclusão Social’, foi realizada pela professora doutora em Educação, Marília Costa Morosini. Em uma radiografia do país, a professora que mesmo com os avanços na educação dos últimos anos, a situação é vergonhosa. Apenas 17% dos brasileiros tem acesso ao nível superior, não levando em consideração a qualidade do curso que estão sendo ofertados.

“Estamos caminhando para uma sociedade tecnologicamente avançada onde o conhecimento é o capital”, explana Marília Morosini. Ela aponta que o conhecimento específico e o desenvolvimento da capacidade das inovações tecnológicas desempenham um papel cada vez maior na colocação social, tanto cultural como financeira na pessoa. “As crianças não são incentivadas a interessar-se por ciência e tecnologia”, comenta a doutora citando ainda o “efeito futebol” como outro fator preocupante. A sociedade brasileira estaria caminhando perigosamente para desinformação, uma vez que a mídia qualifica os astros e não valoriza os profissionais pesquisadores.

Durante a palestra, os professores foram cobrados sobre o seu dever de cativar o aluno ao interesse pelo conhecimento. “Não se pode utilizar a mesma linguagem e aula que se usava há dez anos. As mudanças são rápidas e o professor tem que levar essas mudanças para sala de aula”.

BRASIL - A ciência brasileira representa 2% da mundial. Estamos classificados em 15° lugar em relação a produtividade de conhecimento, mas ocupamos 20ª posição em relação a qualidade.





Fonte: Secom-MT

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