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Saúde
Sexta - 23 de Novembro de 2007 às 15:07
Por: Alexandro Martello

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O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (23) que houve queda de 17%, em 2006, para 9,9% neste ano dos índices de infestação que caracterizariam "risco de surto" de dengue, doença causada pela picada do mosquito Aedes Aegypti. A conclusão é fruto de levantamento feito da segunda quinzena de outubro até a primeira semana deste mês nos municípios com mais fatores de risco para proliferação do mosquito causador da dengue.

Para efeito da pesquisa, o Ministério da Saúde considera três níveis de infestação: satisfatório, de alerta e de risco de surto. Neste ano, 146 municípios enviaram informações para o Ministério da Saúde. Essas cidades são consideradas potenciais áreas de proliferação da dengue. São aqueles com maior densidade populacional, capitais e cidades turísticas ou pólos.

Ao mesmo tempo, segundo informações do Ministério da Saúde, o índice de municípios que devem se preocupar com a doença da dengue, classificados, neste caso, como em "alerta", caiu de 45,3% em 2006 para 36,5% neste ano. Já no caso das cidades consideradas com condições "satisfatórias" subiu de 37,7% no ano passado para 53,3% neste ano. Apesar da melhora no quadro geral, o Ministério da Saúde não afastou o risco de epidemia da doença neste ano.

Em 2007, foram identificadas 74 municípois com nível "satisfatório", 71 em nível de "alerta" e outros oito com nível considerado de "risco de surto". As cidades consideradas como sendo de risco de infestação são: Itabuna (BA), Mossoró (RN), Ariquemes (Rondônia), Teixeira de Freitas (BA), Salvador (BA), Porto Velho (RO), Várzea Grande (MT) e Camaçari (BA). Entre os municípios classificados como em estado de "alerta", estão: Manaus (AM), Belém (PA), Rio de Janeiro (RJ) e Vitória (ES).

Chuvas

Segundo o secretário-adjunto de Vigilância em Saúde, Fabiano Pimenta, porém, os índices considerados "satisfatórios" atualmente podem não estar na mesma condição daqui a um mês, por exemplo. "O potencial de multiplicação do mosquito é muito grande", disse ele, acrescentando que, em época de chuvas e calor, características do verão, tende a aumentar o risco de expansão da dengue.

"Nós trabalhamos nas ruas, mas dentro das casas a responsabilidade precisa ser partilhada com o dono. Ele tem obrigação de saber, que diante de uma possibilidade de epidemia, que tem que cuidar de outras pessoas também", acrescentou o secretário Gerson Penna.

Regiões

Por regiões, a Nordeste é aquela que apresenta índices de infestação considerados de "risco de surto", com índice de 17%. A região Norte tem 14% dos municípios nesta situação e, no Centro-Oeste, o índice chega a 4%. As regiões Sudeste e Sul não pontuaram neste caso. Com situação de "alerta", a região Norte tem 69%, o mesmo percentual do Nordeste. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, por sua vez, registraram as seguintes porcentagens: 17%, 36% e 3%. "No Nordeste, as temperaturas são mais elevadas, o que estimula a reprodução do mosquito", disse Fernando Pimenta.





Fonte: G1

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