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Educação/Vestibular
Sábado - 17 de Março de 2007 às 09:33

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Gráfico mostra diferença regional do custo/aluno e quanto deveria ser o valor investido para gerar uma educação de qualidade, segundo cálculo da Campanha pelo Direito à Educação.

Brasília - O Plano de Desenvolvimento da Educação tem boas medidas, mas não atinge o problema central do ensino no país, a qualidade do ensino. Essa é a restrição do programa apresentado ontem (15) pelo governo federal na avaliação da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

“Esperamos nos reunir com o Ministério da Educação para debater e ver como podemos incluir esse ponto, para fazer com que a educação no Brasil seja baseada na qualidade e não só no acesso”, afirma Daniel Cara, coordenador da campanha. "Foi divulgado que serão investidos R$ 8 bilhões, mas ainda não sabemos como. Se o recurso virá de programas já existentes ou se será dinheiro novo para educação", afirmou Cara.

O principal tema que deveria estar na pauta do Plano de de Desenvolvimento da Educação, segundo Cara, é criar uma política de financiamento baseada no Custo Aluno-Qualidade. Segundo os cálculos da campanha, os governos federal e estadual investem, ao longo de todo o ano, R$ 643 em média por cada aluno do ensino médio. O valor é semelhante ao pago nas escolas particulares para financiar apenas um mês de estudo no ensino fundamental.

Essa diferença, segundo Cara, não permite uma boa qualidade de ensino. Pelos cálculos da campanha, para garantir um ensino de qualidade, o investimento por aluno do ensino médio teria de aumentar para R$ 2.201 ao ano, ou seja, praticamente triplicar.

O coordenador da campanha aponta pontos positivos no plano. Segundo ele, o Ministério da Educação fez um grande esforço de pesquisa sobre a situação da educação brasileira, se preocupando com questões como o problema da rede elétrica das escolas, além das questões de gestão e qualidade de educação.

Cara também avalia que a intenção do governo em priorizar o ensino básico foi uma atitude acertada. “A educação básica é o grande gargalo que existe hoje no Brasil. O investimento da educação básica induz uma melhoria do ensino superior, tanto no acesso quanto na qualidade”, analisou, afirmando que essa deve ser a preocupação de toda a sociedade brasileira.

O processo de avaliação para alunos de seis a oito anos de escolas públicas é visto com ressalva por Daniel Cara. Segundo ele, a idéia é polêmica, pois, pedagogicamente, não é positivo avaliar as crianças por meio de provas. “Mas ainda não conhecemos a como essa avaliação será realizada, então, não podemos criticar o que ainda não conhecemos”, explica Cara, acrescentando que, se a proposta conseguir mensurar a qualidade do gestor, poderá ser positiva para o país.





Fonte: Agência Brasil

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