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Saúde
Quarta - 14 de Março de 2007 às 09:35

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Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) traçou o perfil dos jovens que adquirem o hábito de fumar. A pesquisa da UFMT constatou que 30% dos estudantes de Cuiabá já experimentaram o cigarro. Foram ouvidos mais de 2.800 alunos do ensino fundamental e do primeiro ano do ensino médio. Ainda de acordo com a pesquisa, a rede pública tem o maior número de fumantes: 38%. Na particular o índice cai para 19,5%.

"Tem que ter algumas políticas educativas nas escolas, tanto nas particulares quanto nas públicas, para que o adolescente conheça o malefício, conheça como o cigarro age no organismo da pessoa", explica a pesquisadora Maristela Prado.

O vício pode ter um alto custo para a saúde, provocando doenças como câncer e insuficiência respiratória, além de problemas cardiovasculares. A primeira tragada tem muito a ver com o convívio social do aluno. A conduta dos parentes e amigos é um exemplo para os adolescentes e muitas vezes o contato com o cigarro acontece dentro das escolas, apesar de ser proibido. É o que os pesquisadores descobriram na Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá.

Um aluno, que não quis ser identificado, diz que muitos colegas fumam na escola, principalmente nos horários de intervalo entre as aulas. "Na hora do recreio, na quadra mesmo o pessoal fuma, mas ninguém fala nada. A direção não fala nada", revelou. O diretor da Escola Presidente Médici, Anísio Guimarães, foi procurado pela equipe de reportagem da TV Centro América, mas não quis gravar entrevista.

Segundo a pesquisa, tem mais chance de fumar o adolescente de família pobre e com pouco estudo. Os alunos fumantes geralmente estudam à noite, são mais velhos e já repetiram de série pelo menos uma vez. Na maioria dos casos, o primeiro contato com o cigarro se dá entre 17 e 18 anos. No entanto, há exceções.

"Nas festas e reuniões, em baladas, como se diz, eles têm aquela curiosidade, porque os amigos estão fumando. Então cada vez mais as crianças, com idade de 10, 12 anos estão fumando mais, experimentando", concluiu a pesquisadora.





Fonte: TV Centro América

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