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Educação/Vestibular
Segunda - 11 de Dezembro de 2006 às 16:10

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A secretária de Estado de Educação, Ana Carla Muniz, participou do “4º Seminário sobre Violência e Segurança Pública em Mato Grosso: Educação e Violência”, promovida pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O evento, que aconteceu no auditório da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (Faecc) da UFMT, na última quarta-feira (06.12), reuniu alunos, professores, representantes de segmentos da sociedade e comunidade em geral.

Na ocasião, Ana Carla debateu, em uma Mesa Redonda, juntamente com o promotor da Infância e da Juventude de Cuiabá, José Antônio Borges, a secretária-adjunta de Políticas Educacionais, Marta Maria Pontin Darsie e professores da UFMT, sobre a temática “Violência nas escolas: papel das escolas, da família, dos serviços públicos de educação e de saúde”.

Ela destacou que a violência não é um problema enfrentado só no Brasil e sim em todo o mundo e em todos os setores da sociedade, refletindo também nas escolas. “A universalização do ensino se construiu desordenadamente e as escolas não conseguiram absorver a demanda, o resultado disso é a falta de estrutura para enfrentar esse crescimento”, disse Ana Carla, acrescentando que a falta de oportunidades e as desigualdades sociais e econômicas são fatores que colaboram com a violência.

Ana Carla lembrou, que em quatro anos, a atual gestão fez inúmeras ações para contribuir com melhoria da educação, o que estimula os alunos e ajuda a reduzir certos tipos de violência. “Além de investimentos na rede física, como as construções de 110 escolas e reformas de 480, incluindo adaptação de PNEEs, nós também valorizamos o profissional da educação pagando o terceiro melhor salário do país”, informou.

Os investimentos na educação, destaca ela, incluem a parceria com a UFMT e a Unemat para a formação inicial dos professores que ainda não tinham concluído um curso superior; fizemos o Terceiro Grau Indígena - pioneiro no país para professores índios; a criação de 552 laboratórios de informática; e os vários projetos como “Aplauso”, “PrEA”, “De Igual pra Igual”, “Abrindo o Jogo”, “Aprimorar”, “Ipê” e “Dirigente Empreendedor”.

“É claro que ainda é preciso fazer muito para melhorar a educação no Estado, mas estamos direcionando o nosso olhar para um modelo de ensino e de escola que favoreça a igualdade e, conseqüentemente a redução da violência”, observou Ana Carla. “O despertar de cada um de nós é que vai tornar o mundo mais justo, seguro e igualitário”, concluiu.

Para o promotor José Antônio a conseqüência da violência é o mundo onde as pessoas, e principalmente as crianças vivem isoladas. “A realidade de nossas crianças é de casa para a escola e da escola para o shopping. Elas não vivem mais a cidade, a cultura, não passeiam pelas ruas e isso é preocupante”, discursou.

“A violência na escola é uma realidade, por isso é preciso estar preparado para conviver com isso, como por exemplo, ter um psicólogo dentro da unidade escolar para acompanhar o aluno mais problemático”, disse o promotor.

Em sua explanação, a secretária-adjunta Marta Darsie, explicou que a violência pode ser observada de duas formas: na escola e da escola. Na primeira, a violência vem de fora da escola. Já a violência da escola é motivada pela escola, onde a relação do professor/aluno e aluno/professor pode ser violenta. “Aquela escola que não oferece um local de conforto, agradável e divertida, pode ser considerada como uma de violência, tanto com o aluno quanto com o professor”.

Para Marta, o currículo também é muito importante para a promoção da inclusão das pessoas e combate à violência. Segundo ela, o currículo deve ser construído pensando na humanização, onde permita o desenvolvimento humano. ”A maior violência é com a invisibilidade do aluno, por isso a escola deve discutir métodos de inclusão dos jovens no currículo para permitir que ele deixe de ser invisível e vulnerável e passe a ser o sujeito na escola” defendeu.

Também fizeram parte da mesa redonda a representante do Sintep, Helena Maria Bortollo, e os professores do Instituto de Educação, Luiz Augusto Passos e a professora Doutora Maria Augusta Rondas Speller (como mediadora da mesa).





Fonte: Secom-MT

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