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Educação/Vestibular
Segunda - 20 de Novembro de 2006 às 09:05

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A primeira fase do vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), realizada ontem em 25 cidades brasileiras, teve como tema a agricultura. Discussões atuais no País como biocombustível, agronegócios, políticas de comércio internacional da área e suas implicações econômicas apareceram nas 12 questões e na redação. O índice de abstenção foi de 5,56%: 47.428 dos 50.299 inscritos participaram da prova.

"Escolhemos esse tema por se tratar de algo relevante para a economia do País", afirmou o coordenador do exame, Leandro Tessler. O vestibular da Unicamp tradicionalmente elege um tema sobre o qual são oferecidos diversos textos aos candidatos. A redação e as perguntas foram relativas a esses textos. Entre os da prova de ontem, um poema de Ferreira Gullar sobre cana-de-açúcar e trechos de reportagens de jornais e revistas.

Para o professor de redação do Objetivo, Fernando Teixeira de Andrade, foi uma prova sobre "coisas brasileiras". "Falou da miséria do homem rural, passando pelos interesses dos produtores, das empresas e chegando até as discussões em fóruns internacionais". Segundo ele, alunos que não estiveram atentos neste ano às questões agrícolas brasileiras não se saíram bem.

O vestibular seleciona alunos para 2.954 vagas em 58 cursos oferecidos pela Unicamp e dois, pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp). As respostas oficiais serão divulgadas quarta-feira no site www.convest.unicamp.br. Elas também estarão disponíveis por meio da tecnologia podcast, que permite aos candidatos ouvir arquivos de áudio em seus computadores ou tocadores de MP3. A lista de convocados para a segunda fase, que vai de 14 a 17 de janeiro, e os locais das próximas provas sairão no dia 19 de dezembro.

"Foi como eu esperava. Nem fácil, nem difícil", disse a estudante Gabriela Lucchesi, de 16 anos. Para os vestibulandos, o tema agricultura foi acertado e coerente. Segundo eles, essa era uma das possibilidades apontadas pelos cursinhos. "Estava esperando alguma coisa como racismo, mas foi tranqüilo", disse Felipe Estevez, de 21 anos, que fez a prova na capital. Em Porto Alegre, os alunos também pouco reclamaram da prova. "Foi cansativa. Mas quem se inscreveu sabia que seria assim", disse Vinícius Fortes, de 18 anos.

Em Campinas, um candidato passou mal por causa do calor e do nervosismo, mas foi socorrido e conseguiu voltar à sala para responder às questões.Em Belo Horizonte, a Polícia Militar teve de ser acionada para que o exame ocorresse com tranqüilidade. Seis vestibulandos que chegaram cinco minutos atrasados foram impedidos de realizar os exames e iniciaram um protesto.





Fonte: Folha de S. Paulo

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