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Saúde
Quinta - 28 de Setembro de 2006 às 08:22

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No mundo inteiro, o mercado de produtos volatdos para a cura do câncer sempre apresentou dinamismo, fazendo com que, constantemente, novas drogas sejam pesquisadas e divulgadas pelos grandes laboratórios. Na América Latina, embora na maioria das vezes aconteça, esses avanços custam a chegar, o que torna os Estados Unidos e a Europa os primeiros a introduzir essas novas drogas.

Segundo estudo da Frost & Sullivan, empresa internacional de consultoria e inteligência de mercado, esse cenário promete mudar, principalmente no Brasil, Argentina e México. A consultoria revela que o aumento da incidência de câncer nessas regiões e a globalização de diversas companhias do ramo impulsionarão o mercado de produtos oncológicos para terapias citotóxica e hormonal, sobretudo, para mama, pulmão e colorretal, gerando uma receita de US$ 397 milhões até 2010.

Desta forma, para aumentar o consumo dos medicamentos, as farmacêuticas devem agir de forma pró-ativa, continuar investindo em projetos de P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) para promover seus medicamentos e avanços para a comunidade médica, que por sua vez, deve disseminá-los aos pacientes. "Entretanto, para que haja maior adesão de seus produtos, as companhias terão de considerar a limitação de verbas de centros médicos e, ainda, dispor de representantes de vendas altamente treinados, de forma que os especilialistas se sintam seguros para efetuar investimentos nessas drogas e indicá-las a seus pacientes", ressalta Federico O'Conor, analista responsável pelo estudo.

Além disso, a elaboração de uma estratégia objetivando facilitar o acesso a esses novos produtos pela população será fundamental para o crescimento desse mercado. "Esse fator deve ser considerado pelas farmacêuticas ao definir os preços ao consumidor e os meios de introdução na região", explica O'Conor. "Outra forma para expandir o uso das novas drogas é o incentivo por meio de ações governamentais relacionadas tanto a novos investimentos, quanto à divulgação intensa de campanhas preventivas", completa.

Segundo o estudo, na América Latina, as características específicas do câncer, como a duração e as altas despesas associadas à falta de dignóstico primário mais preciso, acabam obrigando o governo a participar de forma intensa no combate à doença, tornando-se um dos principais alvos das indústrias de medicamentos. "Sem essa atuação federal, as novas descobertas ficarão acessíveis apenas a uma pequena parcela da população que não é limitada pela baixa renda", observa o analista.

Por outro lado, para as indústrias farmacêuticas ampliarem suas atuações nesse mercado, ao desenvolver um novo medicamento, elas devem levar em consideração duas situações. "A primeira delas são as leis regulatórias locais para agilizar a aprovação dos produtos, e a segunda é manter a atenção nas revendas locais de genéricos, cuja reputação e market share encontram-se em expansão. Só assim os investimentos em pesquisas apresentarão retorno positivo", finaliza O'Conor.





Fonte: Olhar Direto

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