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Educação/Vestibular
Terça - 08 de Agosto de 2006 às 15:55

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Uma das características que distinguem as provas do Enem de uma prova convencional é que não existem, propriamente, "exercícios de matemática", mas sim uma integração entre os conteúdos.

A matemática funciona, na verdade, como um instrumental para outras disciplinas, por isso somente o conhecimento de fórmulas não é o suficiente para um bom desempenho. É preciso também interpretar cuidadosamente os enunciados, pois muitas vezes a resposta está contida neles. É o que afirma a professora de matemática do Cusinho da Poli, Roseli Alves Moura.

"O aluno pode aplicar corretamente o teorema de Pitágoras, mas de nada irá adiantar tal aplicação, se a interpretação do enunciado estiver errada."

Quando não se faz uma leitura atenta dos enunciados, corre-se o risco de cair nas famosas "pegadinhas". A professora explica que, na verdade, não se tratam de pegadinhas. "Se o aluno estiver concentrado, não se deixará levar por aquilo que parece, ele irá raciocinar de maneira lógica e por dedução e eliminação resolverá o problema", salienta.

Roseli cita como exemplo uma questão do Enem 2005 em que o enunciado afirmava: "a escolaridade dos jogadores de futebol dos grandes centros é maior do que se imagina". Abaixo havia um gráfico que mostrava os resultados de uma pesquisa feita com 112 jogadores profissionais de quatro grandes times. O gráfico trazia as seguintes informações: 14% dos jogadores possuem fundamental incompleto; 16% fundamental completo; 14% médio incompleto; 54% médio completo; 14% superior incompleto.

Na seqüência vinha a pergunta: De acordo com esses dados, o percentual de jogadores que concluíram o ensino médio é de: (a)14%; (b) 48%; (c) 54%; (d) 60%; (e) 68%.

"A resposta correta deve considerar a soma dos índices dos que concluíram o ensino médio e dos que tinham superior incompleto que corresponde a 68%, em seguida esse valor deve ser dividido por 112 (quantidade de atletas entrevistados), e finalmente chega-se à média percentual de 60% de jogadores que concluíram o ensino médio". "Muitos jovens erraram porque não levaram em conta os jogadores que tinham o nível superior incompleto. Uma leitura mais atenta levaria o estudante a deduzir que para se chegar à faculdade é preciso completar o nível médio," avalia a docente do Cursinho da Poli.

Dentre alguns conteúdos matemáticos mais cobrados nas provas do Enem estão a Geometria (Plana e Espacial), Problemas de Contagem (Probabilidade e Estatística) e principalmente o cálculo de Porcentagem.

Matemática sem grilo Seguem algumas dicas da professora Roseli para obter bons resultados nos exercícios de matemática:

Independente de matemática ou qualquer outra disciplina, a máxima para sair-se bem nas provas do Enem é a leitura cuidadosa do enunciado para não se confundir, compreendendo, de fato, a pergunta.

Mesmo em "matemática", é importante que o aluno leia muito, pois o conhecimento geral, decorrente do hábito da leitura, pode ajudá-lo. A interpretação de textos, aliada a tudo que o aluno trouxer de conhecimento dos ensinos fundamental e médio são determinantes.

Muita atenção também quanto à leitura de gráficos e de tabelas que aparecem em quase todas as questões (independente da matemática ser ou não cobrada).

Apesar do caráter interdisciplinar das provas, algumas questões exigem do aluno uma preparação em termos de conteúdo matemático mesmo. Por isso é necessário o estudo.

Um curso preparatório seria conveniente no sentido de fornecer uma orientação de estudos e sinalização de algumas tendências. Simulados também ajudam na familiarização com as questões que serão solicitadas.





Fonte: Terra

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