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Educação/Vestibular
Terça - 21 de Março de 2006 às 08:19
Por: Alecy Alves

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Vestidos de preto simulando um cortejo fúnebre, mesmo debaixo de chuva, dezenas de alunos da Faculdade de Comunicações da UFMT saíram ontem pela manhã em passeata do bloco do Instituto de Linguagens até o prédio da Reitoria para protestar contra o furto de equipamentos, falta de professores e de técnicos para os cursos de Radialismo, Jornalismo e Publicidade e Propaganda.

No percurso de pouco mais de um quilômetro, os alunos encenaram o roubo da câmara de vídeo, ocorrido na semana passada, carregaram faixas e cartazes cobrando providências da direção da UFMT.

Mas uma das dramatizações que chamaram mais atenção teve o estudante Bruno Pini como protagonista. Pini, que estava de paletó e carregava uma placa que o identificava como reitor, se esquivava das perguntas do aluno Rafael Marques que, se passava por um repórter de tevê que buscava informações sobre as reivindicações dos estudantes.

A estudante de Publicidade Gislaine Santiago, membro da comissão de protesto e reivindicações, disse que além da preocupação com os furtos, falta de professores e técnicos administrativos, os alunos estão apreensivos com a vinda de técnicos do Ministério da Educação (MEC) para avaliação do curso.

A visita está prevista para o final do mês e o temor maior dos universitários, segundo Gislaine, é que a precariedade do departamento coloque em risco a manutenção dos cursos.

O professor substituto de Radialismo Yuri Kopcak lembrou que na época em que era aluno, em 1998, carências similares às que estão sendo expostas agora levaram os estudantes a um movimento de protesto maior ainda.

Em busca do reconhecimento do curso e da construção prédio próprio, hoje bloco de Linguagens, dezenas de estudantes ficaram semanas acampados no pátio da Reitoria.

O reitor Paulo Speller atendeu os alunos, mas marcou uma nova reunião, com a presença de coordenadores de outros setores da universidade para o final da tarde. A proposta é levantar todas as necessidades do Departamento de Comunicação para que possam buscar atendimento junto ao MEC.

Sobre a questão da segurança, Speller informou aos alunos que no final do mês vai assinar um convênio que assegurará a presença de PMs no campus. Pelo acordo, a UFMT terá a responsabilidade de capacitar policiais dos estados do Centro Oeste, mantendo em média 30 PMs em atividades dentro da universidade. Além disso, terceirizará os serviços de mais 36 seguranças para servir nas portarias dos departamentos.





Fonte: Diário de Cuiabá

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