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Saúde
Terça - 10 de Janeiro de 2006 às 17:40

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O surto epidêmico de gripe aviária em humanos registrado na Turquia segue o mesmo padrão observado nos países infectados do Sudeste Asiático, de modo que não existem evidências de uma transmissão entre pessoas, afirmou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Não há elementos para supor que estamos diante de casos de transmissão entre humanos", afirmou Guenael Rodier, chefe da equipe enviada pela OMS à Turquia, onde foram confirmados 14 casos da doença.

Nas circunstâncias atuais, disse o especialista, a OMS não considera necessária uma advertência a viajantes que se encaminham ao país.

No entanto, numa conferência telefônica de Ancara, Rodier esclareceu que as investigações só começaram e que, após dois dias de trabalho, só é possível apresentar conclusões preliminares.

A equipe da OMS se dividiu em dois grupos, um dos quais está na província de Van, onde começou o surto e está hospitalizada a maioria dos doentes e pessoas suspeitas de terem contraído o vírus da gripe aviária.

O segundo grupo está em Ancara, de onde coordena os trabalhos com as autoridades sanitárias turcas, que mostraram "uma grande abertura e compreendem que este surto tem tanto implicações locais e nacionais, como globais", disse o especialista.

A esse respeito, Rodier confessou o temor da OMS e da comunidade internacional de que ocorra na Turquia "uma combinação entre os vírus da gripe estacional e da gripe aviária", uma probabilidade que cresce com o aumento do número de pessoas infectadas pela doença de origem animal.

Sobre a hipótese comentada em alguns círculos científicos de que a rápida propagação da gripe aviária em humanos se deve a uma mudança no padrão de transmissão do vírus, Rodier disse que "ainda é muito cedo" para tirar conclusões desse tipo e que para saber isso será preciso comparar dados clínicos.

Para o cientista, a rápida propagação geográfica da doença na Turquia "não é surpreendente", pois corresponde exatamente aos lugares onde as aves foram infectadas.

A OMS tentará determinar se há novos comportamentos de risco, diferentes dos observados nos países asiáticos infectados, que favoreçam uma transmissão da doença.





Fonte: EFE

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