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Educação/Vestibular
Sexta - 25 de Novembro de 2005 às 14:38

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De acordo com informe da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), publicado ontem, os técnicos-administrativos de nove instituições federais de ensino superior retornaram ao trabalho desde o dia 09 de novembro e vinte estão com 50% de paralisação. Na UFMT o retorno foi segunda-feira, 21. Os docentes já retornaram ao trabalho na Federal do Ceará (UFC), no dia 17.

Ontem os reitores das 55 ifes emitiram nota aprovada na 77ª Reunião Extraordinária do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) conclamando “professores, técnicos administrativos e alunos a retornarem às atividades acadêmicas e administrativas regulares”. O docentes da UFMt realizam assembléia hoje às 14h, na Adufmat.

Os dirigentes das Ifes consideram que, “ainda antes da deflagração das greves e durante seu curso, todos os esforços foram empreendidos pela Andifes, em conjunto com diversos parlamentares, junto ao Andes, à Fasubra e ao MEC na tentativa de ajudar a conduzir o diálogo a bom termo e com resultados positivos para as partes envolvidas; considerando que, ainda que de forma parcial, as reivindicações foram contempladas; considerando que ainda resta consolidar novas conquistas para ambas as carreiras, e que tal tarefa será objeto de grupos de trabalho oficialmente já sinalizados”.

Avaliam, também, “no estado atual, depois deste longo período de paralisação, não há mais nenhuma perspectiva de negociação (dado o posicionamentos dos interlocutores nesse conflito)” e que “os alunos e a sociedade brasileira não podem sofrer as conseqüências das indefinições do presente quadro, sob pena de sérios prejuízos à Nação e ao interesse maior da sociedade”.

A Andifes firma seu posicionamento em quatro itens e reitera seu compromisso de participar de todos os entendimentos que se façam necessários “a bem da universidade pública brasileira”. São os seguintes os itens enumerados:

“1. Avaliar que, dada a conjuntura de dificuldades, os movimentos obtiveram ganhos e que deverão ser ampliados e consolidados com a implantação das novas carreiras;

2. Encaminhar aos Conselhos Superiores das IFES a imperiosa necessidade de recuperação do semestre letivo paralisado, com reescalonamento do calendário acadêmico;

3. Conclamar professores, técnico-administrativos e alunos a retornar às atividades acadêmicas e administrativas regulares;

4. Conclamar o Governo a criar mecanismos de interlocução mais permanentes e propositivos em vista de um futuro menos conflitivo”.

Após reunião na tarde de ontem, em Brasília, com os deputados federais Fátima Bezerra e Wasny de Roure, membros da comissão parlamentar de intermediação nas negociações, representantes do Andes – Sindicato Nacional dos Docentes emitiram informe em que a deputada avalia que “não há possibilidade de alterar o PL (do governo) antes de seu envio ao Congresso”. De acordo com o informe “o ministro comunicou à deputada que o governo já havia fechado questão sobre o PL e seu montante financeiro (R$ 500 milhões)” e a deputada “ressaltou que há ganhos na proposta que são: a criação da classe de professor associado e a criação do GT Carreira” e considerou que os “parlamentares não têm mais condições de reverter o processo”.

Em relação à posição docente quando o projeto chegar ao Congresso, o Andes afirma que assembléias gerais e o comando nacional de greve da categoria “decidirão o futuro de sua luta e seus posicionamentos, os quais serão apresentados aos deputados”.

“De acordo com a deputada, O PL pode ser colocado em votação em regime de ‘urgência, urgentíssima’ ou por acordo de lideranças, bastando para isso haver ‘quorum’ para a votação na Casa. Na avaliação da deputada, esse projeto também pode vir como MP, o que é mais provável, devido aos problemas que aquela Casa vem enfrentando nos últimos meses, o que já havia sido sinalizado pelo secretário Jairo Jorge. O que ficou claro é que existe uma disposição de luta por parte dos deputados, mas que, nesse momento, não há mais o que fazer para alterar o PL”, diz o informe.

A diretoria do Andes considera, ao final da nota, que “a greve acaba, mas a luta continua” e, nesse sentido, “conclama os colegas a continuarem mobilizados em torno das reivindicações do movimento docente, em particular na luta pela isonomia, pela paridade e pela defesa da universidade pública e gratuita”.





Fonte: Ascom

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