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Educação/Vestibular
Sexta - 06 de Maio de 2005 às 10:26
Por: Andréa Martins

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Como superar o velho modelo de avaliação da aprendizagem, que se baseia na classificação de notas aprovando ou reprovando o aluno, e que em nada contribui para a melhoria na qualidade do ensino. Este foi o principal enfoque da palestra “Avaliação: Concepção e Instrumentos”, ministrada pela professora da UFMT, Marta Pontin Darsie, durante o seminário de formação continuada, realizado no Hotel Fazenda Mato Grosso, pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

O evento que acontece entre os dias 02 a 06 deste mês, é direcionado a 450 pessoas, entre coordenadores pedagógicos e de ciclos e membros do CEFAPROs- Centros de Formação e Atualização dos Professores.

Marta explica que a proposta pedagógica da Seduc visa construir uma concepção de avaliação que impulsione o aprendizado e que traga um diagnóstico dos avanços e das dificuldades dos alunos em absorver os ensinamentos durante as aulas. “Dar nota aos alunos só serve para classificá-los e excluí-los. Esta forma de avaliação gera repetência e evasão escolar”.

Para Marta, o modelo de avaliação adotado pelas escolas organizadas em Ciclos de Formação (Escolas Cicladas) é o único capaz de impulsionar a qualidade do ensino e acabar com a reprovação e a evasão escolar. Ela explica que a avaliação dos alunos neste modelo é feita por meio de Relatórios Descritivo-Reflexivo, onde bimestralmente o professor registra os aspectos cognitivos – conceitos absorvidos durante as aulas – afetivos, bem como a atitude e o comportamento do aluno no processo educacional.

“O estudante é avaliado por meio deste relatório e não existem notas para classificá-los, ou seja, a avaliação ocorre por meio de outros instrumentos, que garantem a aprendizado como portifólios (arquivo de todo o material produzido pelo aluno durante as aulas); caderno avaliativo do aluno (onde são registrados todos as dificuldades e avanços do mesmo); e caderno reflexivo do professor (onde ele anota todas as suas decisões e ações para posterior reflexão)“, destacou.

Atualmente mais de 85% das escolas de Ensino Fundamental do Estado já estão funcionando com o sistema de ciclos. O número de escolas públicas que zeraram a repetência é significativo, e são consideradas escolas de referência no combate à reprovação escolar. Nesta nova forma de organização escolar, a 1º a 8º série deu lugar aos ciclos de aprendizagem. Ao todo são três ciclos com duração de três anos cada.

O seminário de formação continuada se encerra hoje (06.05), com a palestra “Projetos Individuais, Coletivos e Institucional”, ministrada por Cancionila Cardoso e Filomena Arruda Monteiro.




Fonte: Secom - MT

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