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Educação/Vestibular
Sexta - 08 de Abril de 2005 às 09:16

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Brasília - Quase 25% das escolas de assentamentos de reforma agrária funcionam em instalações improvisadas, como ranchos e galpões, 21% delas não têm nenhum tipo de iluminação e 22,7% não dispõem de banheiros.

Os números integram um levantamento feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), sobre o ensino ofertado a crianças, jovens e adultos que vivem nos assentamentos.

Além das instalações precárias, o trabalho mostra um significativo atraso escolar e uma oferta de vagas menor do que o necessário, principalmente no ensino médio.

A radiografia, a maior já realizada nos assentamentos de reforma agrária, será usada para nortear ações para melhorar a qualidade de ensino nestes locais. O presidente do Inep, Eliezer Pacheco, cita entre as providências necessárias a inclusão de 20% das escolas no cadastro para receber o Fundef.

“O estudo mostra uma grande diferença regional entre as escolas, a exemplo do que ocorre em todo o ensino rural”, avalia Pacheco. Pelo levantamento, escolas do Norte e Nordeste apresentam indicadores de menor qualidade do que os apresentados nos Estados do Sul e Sudeste.

O trabalho identificou 8.679 escolas nos 5.595 assentamentos. A maior parte delas (79,2%), está instalada no próprio assentamento. A grande maioria delas é composta por uma ou duas salas, onde ficam alunos de várias séries.

Para Pacheco, esta característica não é, necessariamente, um problema. “O problema está muito mais na falta de luz, material didático e instalações como biblioteca”, afirma.

Pacheco admite que o trabalho revela uma série de deficiências, mas há, também, pontos positivos, como a grande valorização que crianças e jovens dão ao estudos e ao fato de que a maioria das escolas pertence à rede pública de ensino.

“Havia uma falsa idéia que tais instituições eram iniciativas dos próprios assentados, de movimentos como MST. O que é desmentido pelo estudo”, completou.





Fonte: Agência Estado

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