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Saúde
Sexta - 10 de Setembro de 2004 às 11:41
Por: Irene Lobo

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O Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) vão investir mais de R$ 2 milhões em pesquisa sobre a hantavirose. O dinheiro será liberado ainda neste ano e vai financiar 26 projetos sobre a doença, que já infectou 26 pessoas e matou 11 apenas no Distrito Federal.

Os recursos fazem parte do pacote de R$ 57 milhões anunciado, nesta quinta-feira (9), pelos ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia. Os recursos serão destinados a pesquisas científicas que possam melhorar as condições de saúde da população.

Neste ano, as mortes no Distrito Federal chamaram a atenção das autoridades de saúde e colocaram a doença em evidência. A hantavirose é transmitida pela poeira com restos da urina, das fezes ou da saliva de roedores silvestres. Nos seres humanos, o hantavírus provoca uma infecção pulmonar aguda, que pode causar insuficiência respiratória e matar.

Segundo dados do Ministério da Saúde, desde 1993 o Brasil registrou mais de 400 casos e cerca de 160 mortes relacionadas à doença. Uma das principais hipóteses para a ocorrência dos surtos está relacionada a desmatamentos indiscriminados em algumas regiões, já que a hantavirose é transmitida por roedores silvestres que habitam as matas.

O coordenador-geral de Vigilância e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, explica que o desmatamento diminui a oferta de alimentos e os predadores naturais dos roedores.

“Aqui no cerrado tem havido uma agressão ao meio ambiente muito grande. Todos os anos sempre há queimadas, devastação, esses fatores modificam o meio ambiente, diminuem a mata silvestre e causam alterações nas populações animais que são predadoras dos roedores silvestres”, explica.

Hage tranqüiliza os adeptos do turismo rural. Ele afirma que atividades ao ar livre não representam risco de contaminação. “As atividades desenvolvidas ao ar livre, como visitas a cachoeiras e caminhadas, não representam risco para a transmissão da hantavirose, já que a doença é transmitida em meio silvestre, mas em situações muito particulares, como em domicílios há muito tempo fechados com presença de fezes de roedores”.

A contaminação pode ocorrer ainda por meio do consumo de alimentos e água. Por isso, as autoridades de saúde recomendam que toda comida seja armazenada em sacos ou caixas fechadas e a pelo menos 50 centímetros do chão. O lixo também deve ser colocado em latões vedados para não atrair os roedores.




Fonte: Agência Brasil

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