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Saúde
Quarta - 02 de Junho de 2004 às 13:35
Por: Raquel Teixeira

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Com o tema “Acesso e qualidade superando a exclusão social” foi aberta na noite desta terça-feira (01.06), em Cuiabá, a 1ª Conferência Estadual e 2ª Conferência Municipal de Saúde Bucal. O evento acontece até o dia 04.06 e pretende debater e redefinir uma nova política de saúde bucal para o Estado. A conferência contou com a participação do secretário-chefe da Casa Civil Joaquim Sucena, que representou a governadora em exercício, Iraci França, o secretário de Estado de Saúde, Marcos Machado, representantes municipais de Cuiabá e Interior.

Cerca de 300 técnicos representantes dos Conselhos Estadual e Municipal de Saúde e membros de organizações sociais vão discutir uma nova política de saúde bucal no Estado, dentro de quatro eixos temáticos: Educação e Construção da Cidadania; Financiamento e Organização da Atenção em Saúde Bucal; Formação e Trabalho em Saúde Bucal e Controle Social e Gestão Participativa e Saúde Bucal.

Para a coordenadora do evento, Sílvia Albuquerque Dantas, a oportunidade da conferência é a de debater os problemas existentes na área e buscar as soluções para reorganizar o setor em Mato Grosso.”Temos que não somente apontar os problemas, mas buscar solucioná-los, proporcionando atendimento integral à saúde”, destacou Sílvia. “O fortalecimento da saúde bucal em nosso Estado é a garantia de cidadania para a população”, afirmou o coordenador de Saúde Bucal do município de Cuiabá, Narciso Santana.

Paralelamente às duas conferências acontece também no dia 03 de junho, o I Encontro Estadual de Saúde Bucal. Serão apresentados aproximadamente 40 trabalhos inscritos por profissionais de todo Estado e apresentações de modelos de atenção em saúde bucal de alguns municípios, que além de proporcionarem a troca de experiências, estimularão o surgimento de propostas que viabilizarão as ações de saúde bucal em Mato Grosso em todos os níveis de atenção.

O secretário-adjunto de Saúde de Cuiabá ressaltou que o setor de saúde vem procurando dar respostas adequadas à sociedade.”Temos que considerar que as políticas públicas de saúde começaram ser implantadas efetivamente com a criação do Sistema Único de Saúde em 1988 e desde então temos avançado”, frisou Moreira.

O secretário de Estado de Saúde Marcos Machado falou da importância em conduzir a política de saúde bucal com metas e resultados práticos que alcancem a população. ”Temos que aproximar a saúde bucal da população carente e conduzir com mais pragmatismo e uniformizar as ações da saúde no Estado”, afirmou Machado, que falou de possíveis parcerias público-privadas com instituições para ampliar o atendimento no setor de saúde bucal, como a Associação Brasileira de Odontologia - seção MT, além da Universidade de Cuiabá que já presta atendimento no Hospital Geral Universitário na área de oncologia bucal.

DESCENTRALIZAÇÃO – A Secretaria de Estado de Saúde (Ses) vem desenvolvendo atividades educativas em vários municípios do Estado, além de orientar o andamento dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos pelos 14 Escritórios Regionais de Saúde no Programa Saúde da Família (PSF). O Governo está investindo na descentralização da Atenção Básica, dos recursos e das ações desenvolvidos pela Saúde Bucal, articulando com os Escritórios Regionais de Saúde e com os Municípios.

O Estado possui 166 equipes de saúde bucal, inseridas no PSF, atendendo em 107 municípios com uma cobertura de 39,54% da população. A meta para 2004 é qualificar mais 84 equipes de Saúde Bucal a atingir uma cobertura de 60% da população. A Conferência Nacional de Saúde Bucal acontece entre os dias 1 e 4 de julho, em Brasília.

PREVENÇÃO – Experiências de municípios que estão expondo trabalhos na conferência demonstram que a prevenção é a grande arma para o crescimento no atendimento em saúde bucal no Estado.

No município de Cotriguaçú (950 km ao Norte de Cuiabá), em 2001 cerca de 3,7% de crianças entre 2 e 16 anos eram atendidas no sistema de saúde para curar as doenças bucais, principalmente cárie dental. Em 2002, cerca de 70% da faixa etária tem cobertura em atendimento e as ações preventivas aumentaram consideravelmente, demonstrando que a prevenção ainda é a melhor forma de conduzir a política de saúde bucal, descentralizado as ações.




Fonte: Secom - MT

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