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Educação/Vestibular
Quarta - 07 de Janeiro de 2015 às 15:51

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O Instituto de Saúde Coletiva (ISC), da Universidade Federal de Mato Grosso realizou, no segundo semestre e 2014, o projeto de pesquisa “acidentes e violências: conhecendo os eventos não fatais e suas consequências” com objetivo analisar a morbidade da demanda de serviços de urgência e emergência e as consequências desses agravos no Estado. “Acredita-se que esta pesquisa possa contribuir para a vigilância de acidentes e violências em Mato Grosso, subsidiando políticas loco-regionais direcionadas a acidentes e violências, buscando preveni-los”, afirma a coordenadora do projeto, professora Lígia Regina de Oliveira. Até março os resultados devem ser apresentados.

A primeira etapa, concluída em setembro, caracterizou o perfil das vítimas de acidentes e violências que foram atendidas em unidades de urgência e emergência em 14 municípios sedes de Mato Grosso, como Água Boa, Cáceres, Colíder, Peixoto de Azevedo, Pontes e Lacerda, dentre outros. O maior número de atendimentos (3.182) se deu às segundas, terças, domingos e, aproximadamente, 43% das vítimas foram atendidas em unidades de Rondonópolis (24%) e Sinop (19%). O levantamento indica que 87% dos atendimentos foram de residentes nesses municípios que integraram a pesquisa, enquanto 11% foram de residentes em outros municípios mato-grossenses e 2% de outras localidades. Somente 0,5% das vítimas não aceitou participar da pesquisa.

Vítimas do sexo masculino (67%) e jovens adultos (43%) foram a maioria. "Elevado percentual de vítimas chegou à unidade em carro particular (66%) enquanto que os serviços de atendimento pré-hospitalar móvel (Samu, resgate, ambulância) foram responsáveis por terem conduzido 28% das vítimas às unidades", informa a assessoria da UFMT.

Os acidentes foram as principais causas de atendimento (94%). Entre eles, sobressaem os acidentes de trânsito (2.646) que representaram cerca 42% dos acidentes. Os motociclistas (1.903) são maiores vítimas, representando 72% dos acidentes de trânsito e cerca de 30% de todos os atendimentos de urgência e emergência nos municípios selecionados.

Entre os atendimentos por agressão, quase a totalidade (95%) foi de natureza física nos quais os agressores utilizaram-se principalmente de força corporal (48%), objeto perfuro cortante (24%), perfuro contundente (13%) e arma de fogo (10%).

Mais de 100 profissionais participaram e foram registrados 6.738 atendimentos em 16 unidades dos municípios selecionados. A segunda etapa do projeto capacitou 16 profissionais no sistema de classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde (CIF). Durante o mês de novembro, esses profissionais, já capacitados, visitaram 347 vítimas que foram atendidas nas unidades de emergência do Estado. Através dessas visitas, foram identificadas incapacidades e deficiências que surgiram após os traumas e como isto influencia na qualidade de vida das pessoas.





Fonte: Só Notícias

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