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Saúde
Quinta - 22 de Junho de 2023 às 06:49
Por: Angelica Callejas/Mídia News

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O secretário estadual de Saúde Gilberto Figueiredo
O secretário estadual de Saúde Gilberto Figueiredo

Um informe divulgado pela Secretaria Adjunta de Atenção e Vigilância em Saúde de Mato Grosso nesta quarta-feira (21) aponta que de janeiro a 14 de junho deste ano houve cinco casos suspeitos de febre maculosa no Estado.

Deste número, dois foram descartados e os outros três estão em investigação. As suspeitas foram registradas em Alta Floresta (1), Acorizal (1), Barra do Garças (2) e Querência (1).

A doença é causada por bactérias das espécies Rickettsia rickettsii e Rickettsia parkeri, e é transmitida principalmente pela picada de carrapatos Amblyomma cajennese e o Amblyomma sculptum, conhecidos como carrapato estrela.

Esses aracnídeos são comuns em ambiente rural e silvestre, e geralmente se fixam em equinos, bovinos, capivaras, gambás e outros animais que servem como amplificadores naturais das bactérias.


Um animal que apresente sinais como febre, apatia, perda de apetite, manchas vermelhas pelo corpo e sangramento, pode indicar que esteja com febre maculosa, porém como são sintomas comuns com outras doenças transmitidas por carrapatos, deve ser investigada.

A febre maculosa é uma doença infecciosa febril aguda, de gravidade variável, que pode ter formas leves e atípicas até formas graves com elevada taxa de letalidade.

Os sintomas da doença nos seres humanos costumam ser abruptos, que surgem entre o 2º ao 14º dia após a picada do carrapato. Incluem febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, dor muscular constante, entre outros.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico oportuno é muito difícil, principalmente durante os primeiros dias de doença, quando as manifestações clínicas também podem sugerir leptospirose, dengue, hepatite viral, salmonelose, meningoencefalite, malária e pneumonia por Mycoplasma pneumoniae.

A terapêutica antibiótica específica, quando instituída precocemente, é altamente eficaz, levando à regressão da febre após 24 a 72 horas do início do tratamento. A doxiciclina é o antimicrobiano de escolha para o tratamento de todo caso suspeito de febre maculosa, independentemente da gravidade ou da faixa etária

A duração do tratamento é de 7 dias, podendo ser eventualmente interrompido após 48h a 72h na ausência de febre e avaliação médica. O cloranfenicol é considerado segunda opção, podendo ser usado como antimicrobiano alternativo na falta de doxiciclina ou em caso de intolerância incontornável.





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