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Saúde
Sexta - 13 de Janeiro de 2012 às 09:25

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Para avaliar o grau de conhecimento de pacientes cardíacos sobre o consumo de gorduras presentes na alimentação, o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia realizou uma pesquisa com cerca de 600 pessoas em tratamento no local, com idade acima de 20 anos e diferentes classes sociais.

O resultado revelou que a maioria dos entrevistados, mesmo sendo portadores de condições como pressão alta, diabetes, obesidade e colesterol elevado, não têm conhecimento sobre a diferença entre os tipos de gorduras, quais são as mais indicadas e quais alimentos possuem um perfil nutricional mais adequado.

Um fato interessante e positivo, observado a partir do levantamento, é que alguns nutrientes são bem conhecidos pelos entrevistados, como o ômega 3 (86%), as gorduras trans (81,9%) e a saturada (80,2%). Em sua maioria, os respondentes sabem que esses dois últimos não são recomendados na alimentação.

Mesmo assim, cerca de 20% dos entrevistados desconhecem que as gorduras saturadas são ruins, realidade que preocupa os especialistas. “Percebemos algumas contradições no cruzamento dos dados e verificamos pontos importantes que precisam ser reforçados junto à população, como é o caso da gordura saturada, que deve ser evitada”, alerta o médico cardiologista Dr. Daniel Magnoni, responsável pela pesquisa no Instituto. Outro exemplo é sobre a gordura insaturada, que 55% dos respondentes não a consideram saudável. “É um equívoco, pois a classificação insaturada se refere às gorduras benéficas à saúde do coração”, esclarece Magnoni.

Estas gorduras boas, as insaturadas, dividem-se em dois tipos: poli-insaturadas e monoinsaturadas. Os ômegas (3 e 6) são nutrientes saudáveis, encontrados na composição das gorduras poli-insaturadas. A pesquisa apontou, no entanto, que há uma grande confusão quando essas nomenclaturas aparecem para a população.

A maioria das pessoas sabe que os ômegas são benéficos, mas desconhecem que estão presentes nas poli-insaturadas, uma vez que o estudo mostrou que 57% dos entrevistados acham que as polis devem ser evitadas na alimentação. “Há um desconhecimento sobre o significado dos termos técnicos. Além disso, poucos sabem os benefícios que essas gorduras trazem para saúde e em quais alimentos encontrá-las”, ressalta Dr. Magnoni.

FONTES DE GORDURAS - A bolacha recheada e a manteiga foram apontadas corretamente como alimentos menos saudáveis, porém a maionese foi tida como vilã nos três quesitos: 84,7% responderam que o produto tem elevado nível de colesterol, 74,4% acham que é rica em gordura saturada e 63,3% apontaram que contém gordura trans. “Ao contrário do que a maioria respondeu, a maionese possui um perfil nutricional bom, é fonte de gorduras poli-insaturadas, não contém gordura trans e oferece baixo teor de colesterol. Um mito ainda a ser quebrado”, ressalta o responsável pela pesquisa.

O médico acredita que crenças e suposições atrapalhem na busca de fontes de gorduras boas e acrescenta que 29,9% nunca leem os rótulos dos alimentos e 36,8% leem às vezes, ante os 17,6% dos que tem o hábito de ler sempre.




Fonte: Do DC

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