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Saúde
Sexta - 25 de Novembro de 2011 às 07:19
Por: JOANICE DE DEUS

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LORIVAL FERNANDES/DC
Casa da Mãe Joana, em Cuiabá: apesar das dificuldades de se manter apenas com recursos privados, a entidade abriga 26 ai
Casa da Mãe Joana, em Cuiabá: apesar das dificuldades de se manter apenas com recursos privados, a entidade abriga 26 ai
Dos 141 municípios mato-grossenses, 130, ou 92%, já notificaram pelo menos um caso de aids ou mais. Assim como no restante do país, pesquisas mostram que a doença tem diminuído entre os homens e avançado entre as mulheres, especialmente as casadas. Também tem crescido entre os jovens, um dos grupos alvo da campanha nacional de prevenção do Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro.

Em Mato Grosso, entre 1984 e 2010 (o órgão trabalha os números com o ano fechado), ocorreram 6.937 notificações da doença. Do total, 6.729 em adultos, sendo 3.973 no sexo masculino e 2.756 no sexo feminino. O restante (208), em menores de 13 anos. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Em 1984 foi notificado o primeiro caso da doença no Estado.

Atualmente, 6.722 pessoas (acumulado do período) fazem o tratamento com uso do coquetel de drogas, que tem contribuído para o aumento da expectativa e da qualidade de vida dos portadores. Apenas em 2010 ocorreram 127 óbitos, entre os motivos o abandonado ao tratamento e diagnóstico tardio. O percentual de abandono é de 30%.

De acordo com o coordenador da Vigilância Epidemiológica da SES, Juliano Silva Melo, entre os casos notificados em adultos destacam-se os da faixa etária de 15 a 24 anos. Nesta faixa, são 1.120 jovens, sendo 43,34% do sexo masculino e 56,60% entre o grupo feminino. “Isso indica que a transmissão está muito precoce”, disse. Entre as causas estão a falta de prevenção ou de uso de preservativo.

Os dados da SES mostram ainda que do total de jovens portadores do vírus, 155 casos são da categoria de exposição homossexual e/ou bissexual, sendo 92,25% masculino e 7,7% feminino.

Quanto à escolaridade, entre 15 a 24 anos, a grande maioria apresenta entre quatro a sete anos de estudos (613), seguido de 1 a 3 anos (156). Outros 88 casos estão entre oito e mais anos de escolaridade e 21 com nenhum ano de aprendizagem.

“Neste ano, a campanha mais uma vez quer discutir questões relacionadas à vulnerabilidade ao HIV na população de jovens homossexuais ou bissexuais sob o ponto de vista do estigma e preconceito”, destacou Juliano Melo. “A intenção é estimular uma reflexão contra o preconceito que as pessoas que vivem com vírus sofrem”, acrescentou.

Técnica do Programa de DST/Aids, Alessandra Moraes lembrou que hoje é possível o teste rápido, que em 15 minutos diz se a pessoa é ou não portadora do vírus. Em Cuiabá, o exame pode ser feito no Serviço de Assistência Especializada (SAE) e policlínicas. Assim como nos municípios do interior, também pode ser feito nos Centros de Testagens e Aconselhamentos (existem 74 unidades no Estado) e maternidades.

Além de mais de 92% dos municípios já terem notificados casos de aids, chama a atenção das autoridades públicas o fato de a hepatite B, uma doença sexualmente transmissível, possuir alta incidência, o que demonstra situação de risco. Mato Grosso, conforme Juliano Melo, ocupa o 5º lugar no ranking nacional de incidência da hepatite B.




Fonte: Do DC

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