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Saúde
Sexta - 18 de Novembro de 2011 às 08:35
Por: ALECY ALVES

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GERALDO TAVARES/DC
Erondina de Souza, de 61 anos: 63 dias de internação por causa de suposto erro em cirurgia
Erondina de Souza, de 61 anos: 63 dias de internação por causa de suposto erro em cirurgia

Deixou o hospital no final da tarde de ontem a aposentada Erondina de Souza Fabian, de 61 anos, depois de 63 dias de internação por causa de um suposto erro médico em uma cirurgia ortopédica.

Com uma fratura no pé esquerdo decorrente de uma queda, Erondina acabou sendo operada do pé direito. A primeira cirurgia da paciente, no pé direito, aconteceu no dia 16 de setembro, no Hospital São Mateus, em Cuiabá.

A filha da aposentada, Lucimar de Souza, 35 anos, conta que por causa do erro sua mãe passou por outra cirurgia três dias depois, no pé esquerdo, conforme indicavam os exames (Raio-X, tomografia, laudo médico e outros). Indignada com o que aconteceu, Lucimar denuncia que o cirurgião ortopédico que operou sua mãe, Marcelo Dutra, foi o mesmo que fez a guia de encaminhamento da operação, não observou os exames. Lucimar reclama que os diagnósticos e laudos estavam sobre as pernas da mãe no momento em que ela entrou no centro cirúrgico.

Ela conta que a mãe chegou a receber alta médica 10 dias após ser operada dos dois pés, mas apresentou problemas de infecção e em menos de 72 horas retornou ao hospital. Dias depois, um novo problema agravou o quadro: Erondina apresentou embolia pulmonar.

Semana passada, quando finalmente deveria retornar para casa, outra situação adiou a alta mais uma vez. Erondina teve uma arritmia cardíaca (alteração na frequência dos batimentos cardíacos).

Moradora da cidade de Ji-Paraná, em Rondônia, a paciente veio para Cuiabá porque, segundo a filha, os médicos locais não quiseram operá-la. Portadora de epilepsia e transtornos mentais, aqui dona Erondina teve de passar por avaliação psiquiátrica para ser operada.

Lucimar diz que quando procurou o médico que a operou para saber as razões do suposto erro, ouviu que ele havia perguntado para a paciente qual pé seria operado. “Não entendemos porque, mesmo com os exames no centro cirúrgico e sabendo que ela tem transtornos mentais, pediu que ela apontasse o pé”, protesta.

Lucimar disse que denunciou o caso ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e registrou duas queixas na polícia. A primeira queixa informa, devido ao erro. Já o segundo BO teve como causa a tentativa de cobrar pela reinternação da mãe. Ela entende que mesmo a mãe dispondo de plano de saúde o hospital deveria assumir as despesas do tratamento de Erondina.

O diretor médico do São Mateus, Elton Maia Teixeira, informou que hoje se posicionará sobre esse caso. Já ortopedista Marcelo Dutra não foi localizado no hospital no final da tarde de ontem.
 





Fonte: Do DC

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