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Educação/Vestibular
Terça - 01 de Novembro de 2011 às 15:25

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O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) apoia a decisão do Conselho de Ensino e Pesquisa (Consepe) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que aprovou, ontem (31/10), a reserva de 30% das vagas para estudantes oriundos de escolas públicas e 20% para negros. A vice-presidente da entidade, Jocilene Barboza, e o secretário de Organização Sindical, Luiz Benedito Prina, participaram da mobilização encampada pelos alunos junto à reitoria pela aprovação da proposta, na tarde de ontem.

A entidade também protocolizou o posicionamento favorável à destinação das cotas no Consepe há alguns dias. “Sabemos que o sistema de reservas de vagas sociais e raciais não resolverá o grave problema da falta de oferta de ensino nas instituições federais e estaduais de ensino superior, mas entendemos que as cotas são instrumentos de democratização do acesso ao ensino superior público, mesmo que de forma paliativa”, explicou Jocilene Barboza.

Para o Sintep/MT, o acesso às vagas do ensino superior público representa uma pirâmide social invertida, já que mais de 80% dos estudantes que frequentam escola pública no Brasil não têm acesso à universidade pública na mesma proporção. Mesmo sendo colocadas em prática, as políticas afirmativas ainda não estabeleceriam a devida correlação de matrículas entre os que frequentam a escola pública. “Somos contrários a qualquer tentativa de confrontar as duas políticas, uma vez que tal decisão terá o efeito de apenas retardar esse viés de democratização ao ensino superior em Mato Grosso”, acrescentou a vice-presidente do Sindicato.

Relatório - Decorridos 10 anos da implementação deste programa, uma comissão formada pela Pró-reitoria de Ensino e Graduação (Proeg) da UFMT e representantes das entidades analisará a situação para elaborar um relatório sobre a necessidade de manter ou não o sistema de cotas. O pedido para a adoção do sistema de cotas foi feito pelo Ministério Público Federal. A análise do processo foi feita no início de outubro, porém, adiado após um longo embate, que chegou a levar os estudantes do ensino público e privado para a porta da reitoria.

A reitora Maria Lúcia Cavalli Neder admitiu que a instituição está saturada e que muitos cursos podem sofrer resistência à implantação da reserva de vagas, já que a estrutura da universidade não acompanha o aumento crescente do número de estudantes, mas destacou a importância da decisão tomada. “Este é um dia histórico para a UFMT e eu estou orgulhosa de ser a reitora desta universidade; é o momento de fazermos parte da história”, afirmou.






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