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Internacional
Sábado - 21 de Maio de 2011 às 22:02

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A oposição do Iêmen assinou neste sábado um acordo de transição, negociado por países do golfo, que prevê a saída do ditador Ali Abdullah Saleh dentro de um mês, desde que ele ratifique o acordo neste domingo.

Saleh, há cerca de 30 anos no poder, enfrenta pressões diplomáticas para aceitar o acordo, depois de já ter recuado na última hora duas vezes por conta de detalhes técnicos. Manifestações no Iêmen ocorrem há vários meses, numa rebelião contra o ditador inspirada por outras que derubaram presidentes no Egito e na Tunísia.

"Assinamos o acordo na presença de representantes dos Estados Unidos, do Reino Unido, da União Europeia e do secretário-geral do Conselho de Cooperação do golfo, Abdullatif al-Zayani", afirmou um líder da oposição, que não quis ser identificado, à Reuters.

Uma autoridade do Iêmen tinha afirmado mais cedo que Zayani, líder do bloco regional do golfo, estava no país para presenciar a assinatura da oposição e que o partido do governo assinará o texto no domingo.

EXTREMISTAS

Os Estados Unidos e a Arábia Saudita, ambos alvos de ataques da seção da Al Qaeda no Iêmen, desejam o fim do impasse no país para evitar um caos maior, uma situação que venha a favorecer a ação dos extremistas.

Na quinta-feira, em discurso sobre o mundo árabe, o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmara que Saleh precisava "seguir no seu compromisso de transferir o poder".

Manifestantes, frustrados por não terem derrubado Saleh depois de três meses de protestos, querem que o presidente deixe o cargo imediatamente.

No sábado, 35 manifestantes ficaram feridos num confronto com a polícia em Hudaida, segundo testemunhas.

Saleh, que parece que finalmente vai aceitar a transferência de poder, tem alertado os Estados Unidos e a União Europeia que a Al Qaeda pode se fortalecer no Iêmen se ele deixar o governo.

"Se o sistema cair... a Al Qaeda vai capturar Maarib, Hadramout, Shabwa, Abyan e Al-Jouf e controlará a situação", afirmou hoje, listando as províncias onde o braço da rede no país é mais ativo.

"Essa é a mensagem que mando para nossos amigos e irmãos nos Estados Unidos e na União Europeia... o sucessor será pior do que aquele que temos atualmente", afirmou.






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