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Saúde
Sábado - 12 de Março de 2011 às 07:33
Por: Isabela Assumpção

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A obesidade não escolhe suas vítimas. Enfrentar uma balança para muita gente é um terror. O ponteiro parece sempre teimar em subir, nunca em descer. Se há um consolo, é saber que emagrecer é difícil para todo mundo. O jovem tem que deixar de se entupir de calorias nas lanchonetes, e os mais velhos têm, às vezes, que abandonar antigos hábitos de alimentação.

“A gente era acostumado a uma feijoada, a gente era acostumado a um feijão branco com costelinha. Então, tirar isso de uma vez é muito difícil”, diz a empregada doméstica Meiriane Aparecida da Silva.

Meiriane sofre com a restrição alimentar e sempre foi assim. No ano passado, o Globo Repórter acompanhou a luta dela e de várias outras pessoas para emagrecer. Foi um sacrifício, mas a força de vontade deu resultados. Orientada pelos profissionais do ambulatório da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, ela chegou a perder 1,6 kg e cinco centímetros de cintura em apenas três semanas. O melhor foi o ganho na saúde. A glicose baixou de 141 para 91, abaixo do limite máximo.

E hoje ela volta ao consultório. “Seu peso deu 85,6 kg. Quando você veio aqui na primeira vez o menor peso que você conseguiu foi 79,7 kg. Isso indica que você teve um aumento de 5,9 quilos”, informa a médica.

Meiriane não entende por que não consegue emagrecer. “Eu comecei a colocar os hábitos que eu aprendi, mas não consegui perder peso. Não sei se é a minha ansiedade”, confessa a empregada doméstica.

Ela garante que em casa muita coisa mudou. “Não é tanto refrigerante. A gente come pizza, mas não é igual. A agente comia todo final de semana. Antigamente, a gente não gostava de salada. Começamos a comer fruta”, destaca Meiriane.

O jantar leve parece comprovar a rotina saudável, mas sem perceber Meriane comete um excesso aqui e outro ali, como, por exemplo, o queijo parmesão em cima da berinjela e excesso de óleo para grelhar o frango.

“Às vezes, a gente acha que vem fazendo certinho, mas tem vários detalhes que a gente deixa passar desapercebido, mas que fazem toda a diferença”, aponta a nutricionista Viviane Laudelino Vieira, do CRNUTRI da USP.

Outros pecados graves também andaram acontecendo: “a gente comeu muito doce nas férias. Foi doce de abóbora, ambrosia”, revela a doméstica.

“Muitas vezes, as pessoas culpam aquele dia: ‘hoje, eu estou comendo esse queijo amarelo, amanhã eu vou comer um pouquinho da feijoada, depois de amanhã vai ter um docinho’. Todo dia acaba tendo uma ou outra exceção, o que é uma rotina”, diz a nutricionista Viviane.

O zelador Luis Dias Ribeiro também participou do programa junto com Meiriane. E, no Globo Repórter de março de 2010, ele fez uma promessa: “até o final do ano, não vou beber bebida alcoólica e não vou comer feijoada”.

Homem de palavra, ele cumpriu. Deixou para trás velhos hábitos e perdeu no total 20 quilos. Orgulhoso, ele exibe o certificado do programa nutricional e a nova silhueta.

Mas será que ele segue a risca até hoje o que aprendeu? Levamos Luis em um restaurante, cheio de tentações pelo caminho. Ele dá uma aula de alimentação saudável. “A salada tem que ser bem colorida. Aprendi isso com a doutora do centro”, diz o zelador.

O prato quente também é bem equilibrado. “Antigamente, se tivesse uma feijoada, eu comia. Comia também uma costela bem cozida”, revela Luis.

No final, o teste mais difícil para a maioria das pessoas é a sobremesa. Todas as opções são deliciosas. Luis olha tudo com calma, mas não sai da linha. Ele escolhe frutas sem sofrimento. “Eu quero isso que eu estou hoje: comendo sim, mas com a comida bem saudável, que não tenha muita gordura, e eu acho que estou me saindo bem”, comenta.





Fonte: do G1

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